
PRESIDENTE DA REPÚBLICA RECEBE EM AUDIÊNCIA COLECTIVA A COMUNIDADE DOS CIDADÃOS ORIGINÁRIOS DA VIZINHA GUINÉ-CONAKRY

Cidadãos originários da vizinha Guiné-Conakry que hoje são cidadãos guineenses com mais de três décadas de permanência activa no nosso país, foram esta manhã recebidos em audiência pelo General Úmaro Sissoco Embaló, Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, numa reunião que decorreu no Salão Nobre da Presidência da República.
Os cerca de 67 presentes, expressaram ao Chefe de Estado guineense, votos de um Novo Ano próspero e de grandes vitórias políticas e sociais, reafirmando a sua decisão de continuarem a apoiar as acções políticas que o Primeiro Magistrado da Nação vem levando a cabo desde que assumiu este cargo após a sua clara vitória nas urnas.
De igual modo, pelas vozes dos seus representantes, nomeadamente, os Aladjes Suleimane Djassi, Sambu Djam e Aladje Sadigu Baldé, esta comunidade expressou um inequívoco apoio ao Presidente Úmaro Sissoco Embaló, quanto ao assunto “Nbatonha” enquanto que consideraram as vozes contra ao actual projecto em curso, como uma clara manifestação anti-religiosa e até mesmo antipatriótica, levada a cabo com fins claramente políticos.
De igual modo, os presentes se manifestaram igualmente contra a escolha arbitrária por parte da Embaixada da Guiné-Conakry de um representante da comunidade guineense residente na Guiné-Bissau, defendendo que esta escolha sempre foi feita na base de uma eleição livre e transparente, com a grande agravante da escolha ter recaído numa personalidade totalmente desconhecida por parte da comunidade.
Outra questão levantada está relacionada com as barreiras de fiscalização montada em vários percursos, desde as entradas norte, leste e sul, até Safim, facto que penaliza o normal desenvolvimento das operações comerciais e contribui por outro lado, pela subida dos preços dos produtos importados.
Queixaram-se igualmente de alguns procedimentos que consideraram lesivos à comunidade muçulmana por alguns serviços do Ministério da Justiça, nomeadamente quanto aos registos de nascimento, como a emissão ou renovação dos bilhetes de identidade, defendendo neste ponto, que a justiça não deve ter raça, religião ou qualquer outro tipo de discriminação, porque a lei guineense admite a dupla nacionalidade, reforçando esta reivindicação, com o facto de residirem há mais de 30 anos em solo guineense.
O Chefe de Estado que se encontrava acompanhado pelo Vice-Primeiro Ministro e Coordenador da Área Económica, Soares Sambú e pelos Ministros Sandji Fati e Teresa Alexandrina da Silva e alguns dos seus Conselheiros, em relação à escolha do representante da comunidade guineense radicada na Guiné-Bissau afirmou ser um caso para os tribunais resolverem.
Quanto as barreiras, ele orientou o Ministro do Interior a resolver esta situação com a máxima brevidade possível, dando razão plena a esta reivindicação. Em relação à justiça pediu maior atenção e celeridade na tomada de medidas que ponham cobro as situações consideradas anómalas.
As cobranças nos postos fronteiriços aos transeuntes aplicados numa grande maioria de países da CEDEAO, o General Sissoco Embaló disse que iria colocar este assunto nas instâncias competentes e junto aos seus pares.
O Presidente da República foi duro contra a prática insistente de continuar a haver “talibês” no solo guineense e disse que no estrangeiro era uma das nocivas práticas que a comunidade fula ainda mantinha, apesar das pressões que ele e o Governo têm exercido.
Convidou os seus praticantes a presentarem um plano que possibilite encontrar meios para levar estes miúdos a frequentarem as escolas públicas. Outro assunto que mereceu muita atenção foi a questão da proibição das raparigas frequentarem as escolas e disse que doravante esse problema iria merecer uma particular atenção dele e do governo, bem como de outras instituições ou organismos a ele ligados.




